Dia da Educação: Neuropsicóloga destaca a importância da inclusão e da diversidade na educação superior


Data é celebrada em 28 de abril e visa incentivar e conscientizar a população sobre a importância da educação, seja escolar, social ou familiar, para a construção de valores essenciais na vida em sociedade e do convívio saudável com outros indivíduos;
 Para Anna Rúbia Pirôpo, docente do curso de Psicologia na Faculdade Anhanguera, no ensino superior, os estudantes possuem necessidades e aspirações baseadas na diversidade, em que práticas inclusivas contribuem para o enriquecimento da experiência educacional
 A inclusão e a diversidade desempenham papéis relevantes na educação, tanto para os alunos e comunidade acadêmica quanto para a sociedade como um todo. A educação para todos implica em autonomia e respeito à diversidade, é o que explica Anna Rúbia Pirôpo, docente de Psicologia da Faculdade Anhanguera.
 Mas o que é educação para todos? No dia que se celebra o Dia da Educação, 28 de abril, data que visa incentivar e conscientizar a população sobre a importância da educação, seja escolar, social ou familiar, para a construção de valores essenciais na vida em sociedade e do convívio saudável com outros indivíduos, a especialista destaca que, práticas inclusivas nos ambientes de ensino valorizam a diversidade e incorporam a equidade na sala de aula.
 “Principalmente no ensino superior, os estudantes possuem necessidades e aspirações baseadas na diversidade, em que práticas inclusivas contribuem para o enriquecimento da experiência educacional. Todo processo de ampliação da diversidade representa uma maior competência epistemológica do indivíduo e, a partir de práticas acadêmicas, formas particulares de construir conhecimento resultam em maior afetividade, de ser, de estar e de interagir uns com os outros, fator que se reflete na sociedade no âmbito das inclusões”, avalia.
 Segundo Ana Luisa Félix, de 27 anos, estudante do 10º período de Psicologia na Anhanguera de Itabuna, Pessoa com Deficiência (PcD) por conta de uma doença chamada artogripose e usuária de órtese na perna esquerda, as relações interpessoais são de extrema importância para inclusão das pessoas com deficiência, pois é através desse contato que elas conseguem quebrar os estereótipos e preconceitos.
 “Essas ações são ainda uma oportunidade de fortalecer o sentimento de pertencimento nos espaços, fazendo com que a gente se sinta mais segura para falar de nossas limitações e pedir ajuda quando necessário. O ambiente acadêmico é um recorte da nossa sociedade, se esse lugar for excludente e inacessível existe uma grande chance de formarmos profissionais preconceituosos que não saberão lidar com uma sociedade diversa”, relata.
 Em sua experiência acadêmica, Ana Luisa conta que, apesar de suas limitações, sempre contou com uma estrutura acessível na faculdade, atendimento humanizado e profissionais preparados para eventualidades do dia a dia. Além disso, a estudante de Psicologia relata que aos poucos foi encontrando outros alunos com diferentes condições de deficiência na graduação.
 “Hoje, no ensino superior, lugar onde apenas 3% do total de pessoas com deficiência ocupam, eu me tornei referência para outras. Eu posso garantir que a gente já nasce com muitos “nãos” sociais. O olhar das pessoas soa como se tivéssemos uma vida sem dignidade e a Educação Inclusiva é uma oportunidade para recebermos os nossos primeiros “sins”. E, aqui na Faculdade, pude explorar ainda mais as minhas habilidades e descobrir que podia muito, como também, ajudar outras pessoas”, afirma. 

A estudante reforça que esse contexto só é possível graças à acessibilidade oferecida pelas instituições, pois isso é uma forma de garantir inclusão e de fortalecer a permanência de pessoas com deficiência no ensino superior, além de profissionais preparados à disposição.
 Seguindo nessa linha, a neuropsicóloga enfatiza que, a inclusão e a diversidade na educação (a partir de todo o ecossistema educacional, estrutura, corpo docentes, processos e metodologias pedagógicas, entre outros) promovem o acesso a oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, o que é essencial para promover a igualdade e reduzir disparidades educacionais.
 “A diversidade de alunos, professores, currículos e métodos de ensino enriquece a experiência educacional de todos os envolvidos. Isso oferece oportunidades para compartilhar ideias, perspectivas e experiências, enriquecendo o aprendizado e promovendo o pensamento crítico e a criatividade. Além disso, a partir da exposição a diferentes culturas, identidades, crenças e experiências, tem-se a promoção da empatia e o respeito na comunidade acadêmica. Isso ajuda a construir sociedades mais inclusivas e tolerantes, onde as diferenças são valorizadas e celebradas”, afirma.
 Por fim, Anna Rúbia ressalta que educação inclusiva desafia preconceitos e estereótipos, promovendo uma visão mais ampla e precisa da diversidade humana a fim de contribuir para a construção de sociedades mais justas e equitativas, onde todas as pessoas são respeitadas. 

Deiwerson Damasceno Dos Santos

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